Ser Sexy

Diário da Região – São José do Rio Preto por Fabiola Zanetti

Fabiola Zanetti: O que é ser sexy?

Luiz Cuschnir: é ser sensual, utilizar-se de recursos , consciente ou inconscientemente para atrair uma outra pessoa através de atitudes que possam despertar no outro um interesse.

Fabiola Zanetti: Porque a percepção do que é ser sexy varia tanto de uma pessoa para outra? Por exemplo, o que é sexy para mim em um homem pode ser diferente do que é sexy para minha amiga.

Luiz Cuschnir: Nem todas as pessoas sentem atração sexual da mesma forma., pelas mesmas pessoas. Os “objetos”, as imagens que podem atrair uns, podem não ocorrer em outros. Tudo depende do referencial interno onde cada um coloca seus desejos ou fantasias.

Fabiola Zanetti: Poderia dar algumas dicas/macetes de paquera para nossas leitoras (a mulher deve tomar a atitude? o olhar, a roupa ideal para fisgar um namorado)?

Luiz Cuschnir: O mais importante é cada um seguir o que de mais verdadeiro e sincero há dentro de si. Não adianta muitos apetrechos artificiais que acabam sendo vistos como falsos e afastam as possibilidades. Também educação (boa), delicadeza e atributos femininos podem ser utilizados para que um homem tenha seu interesse despertado.

Fabiola Zanetti: Ter segurança, auto-confiança, é ser sexy?

Luiz Cuschnir: A segurança ou auto-confiança pode ser atraente para uns, mas deve estar em um contexto, agregada de outros aspectos para aí ser identificada como sexy aquela pessoa.

Fabiola Zanetti: Porque a pessoa sexy tem um poder indecifrável de causar sensações íntimas que não sabem de onde vem? O que é isso? Como surge?

Luiz Cuschnir: Isso pode vir de atitudes ensaiadas como de outras que podem até ser desconhecidas da própria pessoa. Pelo cúmulo que pareça, há pessoas que são extremamente atraentes, e não têm a mínima consciência disso. Podem provocar desejos em certas pessoas, e nem percebem que o estão fazendo.

Fabiola Zanetti: Porque algumas pessoas têm esse poder e outras não?

Luiz Cuschnir: é uma somatória de atitudes, posturas, olhares, sons, cheiros que marcam essa pessoa e que a destaca das outras. Há também imagens impregnadas nas pessoas, que podem vir de outras experiências anteriores, que quando ela entra em contato, até sem saber o porquê, fica atraída por essa. Coloco uma personagem do meu último livro “A Mulher e Seus Segredos – Desvendando o mapa da alma feminina” (Ed. Larousse) onde ela para em uma oficina mecânica e ao aproximar-se um homem, desta mulher, ela fica extremamente atraída, sem ao menos o olhar por inteiro.

Fabiola Zanetti: Todo mundo pode ser sexy? Como?

Luiz Cuschnir: Nem todos. Há a necessidade de estar em contato com a própria sensualidade e conseguir expressá-la pelo jeito que é na vida.

Fabiola Zanetti: Algumas pessoas dizem que é o conjunto. Você concorda?

Luiz Cuschnir: Sim.

Fabiola Zanetti: Beleza é sinônimo de sexualidade? Por que?

Luiz Cuschnir: Não. Muitas pessoas podem ser belas, tidas como símbolo de beleza, e nem terem nenhuma expressão da sua sexualidade. Beleza tem a ver com a forma, a imagem tão somente. Há pessoas que ficam muito atraídas por pessoas belas, compadrões de beleza específicos, aí sim ela pode associar com a sexualidade despertada por ela.

Fabiola Zanetti: Algumas pessoas dizem que é importante a pessoa não se propor a ser sexy. Tem que ser natural. O que você pensa a respeito disso?

Luiz Cuschnir: A naturalidade é indicada para quaisquer situações que indiquem o desejo de se aproximar de alguém mas a imagem de uma pessoa asexuada, distante da própria sexualidade, pode inibir ou até afastar alguém. Ser sexy não é sinônimo de decotes, roupas justas ou pernas a mostra. Sexy muitas vezes é o que está por trás, o inacessível.

Fabiola Zanetti: Inteligência e habilidades são sexies?

Luiz Cuschnir: Para alguns, certo tipo de uma ou outra, podem ser muito atraentes, tanto para homens como para mulheres.

Fabiola Zanetti: Como separar o sexy do vulgar?

Luiz Cuschnir: A separação depende totalmente do nível sociocultural e psicológico que vão determinar o padrão de comportamento de cada pessoa.

Fabiola Zanetti: O que torna um homem sexy?

Luiz Cuschnir: Como falo neste livro que mencionei, não é possível dizer o que é a mulher, mas podemos buscar como é ser mulher. E para cada uma, a definição vai vir da sua própria essência feminina. E assim, cada mulher vai sentir-se atraída por certos aspectos que um homem esboça. Pode ser como ele se coloca no ambiente, sua voz, sua maneira de vestir, seu poder etc.

Fabiola Zanetti: A propaganda é a alma do negócio?

Luiz Cuschnir: Não necessariamente. Muitas vezes é inerente a pessoa. A propaganda pode até afastar.

Fabiola Zanetti: A que os homens atribuem sua sensualidade?

Luiz Cuschnir: Eles muitas vezes nem conseguem definí-la. Confundem muito com a própria sexualidade e têm preconceitos em lidar com a sensualidade diretamente.

Fabiola Zanetti: E as mulheres, o que é sexy para elas?

Luiz Cuschnir: Depende da educação e convivência a que estão ou estiveram expostas. Vai muito do padrão de comportamento do seu meio.

Fabiola Zanetti: O caráter influencia no sex appeal? Não sei se você acompanha, mas, por exemplo, o Alemão do Big Brother, quando entrou foi visto como mais um cara forte, musculoso e nada mais. A partir do momento em que mostrou que tinha fibra, caráter, raça e princípios caiu no gosto feminino. O que isso significa?

Luiz Cuschnir: Não consigo visualizar.

Fabiola Zanetti: E o bom humor, masculinidade, proteção, olhos nos olhos, cuidado com visual, educação, tudo isso é importante para tornar um homem sexy?

Luiz Cuschnir: Acredito que sim. As mulheres, cada uma ao seu modo, escolhe quem se encaixa no perfil do que imagina que a preenche. Falo no livro sobre as mulheres, de príncipes e princesas, histórias incutidas muito precocemente no imaginário da mulher. Assim vão povoando o imaginário feminino que depois podem associar com este homem que você descreve.

Fabiola Zanetti: Gostaria que você me desse dicas de como se tonar um homem sexy. O que as mulheres estão procurando?

Luiz Cuschnir: Não consigo pois depende muito do referencial que esta mulher tem e o que a esta mobilizando para encontrar no seu complementar. Há tantas formas, quanto as necessidades mais profundas delas, as mulheres.

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