SOBRE SER SOLTEIRO

Como você observa e avalia o “ser solteiro” durante essa pandemia, levando em conta que muita gente está isolada e sem poder encontrar com as pessoas?

Vamos começar pelos solteiros que estamos falando…

O que nunca casou, e está sem um relacionamento definido ou até que nem encontrou o seu par. Se for com um perfil de quem buscava ativamente, saia para encontrar alguém que poderia se interessar, frequentava lugares possíveis de conhecer, está realmente desassistido pelos ambientes. Pode ser alguém que use os aplicativos de busca de parceiros mas este que estou descrevendo precisa do ambiente para expor seus dons de atração aliados a sua capacidade de escolha.

Esse pode ser até um homem ou uma mulher que tem fases: de caçador (se programa o tempo todo, até variando de amizades que compõem o suporte para suas pesquisas) e outras mergulhado em projetos pessoais (trabalho, estudos, experiências especiais de vida que está se dedicando). Por isso digo, os desassistidos são os que com este perfil têm a limitação com o isolamento.

Além desses, os que “são solteiros”, e não estão solteiros, temporariamente ou em “adormecimento conjugal”, há os que optaram, seja pela fase ou contingências da vida, a viverem sem a dependência de uma relação amorosa estável. Podem estar se sentindo supridos com outros tipos de relação ou com o sentido da vida que os conforta muito bem serem solteiros. Podem até já ter sido casados ou com relações importantes, mas dirigem-se para a vida indo atrás de outros elementos que os completam. É claro que estes têm a possibilidade de terem passado ilesos com o isolamento. Já tinham criado atributos a vida que levam que podiam abdicar de uma vida social intensa. Em casa já tinham muito prazer em ficar e fazer o que lhes aprouvesse. Podiam estar convivendo com filhos, pais, irmãos e amigos que o ser solteiro na pandemia nem mudava de status a ser questionado.

Alguns até poderiam ter despertado uma certa insegurança, se muito isolados. Poderiam trazer pensamentos “se me acontecer algo, se eu tivesse casado (ou algo parecido) teria assistência…).

É claro que isso depende da estrutura psicológica que cada um tem para compor a sua vida, em épocas com ou sem pandemia

A palavra solteiro remete a solidão e percebemos que existe muito estigma em relação ao “estar solteiro”. Qual reflexão podemos fazer sobre isso?

Retomando um pouco mais essas diferenças de “solteirices”, realmente há pessoas que vivem ou avaliam os outros estigmatizando. Se consideram deficientes, errados, “loosers”, incapazes ou incompetentes. É claro, mesmo que com uma certa diminuição de criticismo em relação a estes que não estão num relacionamento que a sociedade determina, são julgados com as ironias do “por que será?”.

Aí vêm os preconceitos como as dúvidas quanto a opção sexual, equilíbrio mental, chegando a verdadeiros diagnósticos psiquiátricos.

Apesar desses “derrapes” da empatia das pessoas, percebo como um todo que os valores dessa questão do estar solteiro também sofreu a influência de uma liberdade maior para cada um ser o que quiser, como e quando quiser.

A mulher não precisa ser mãe, nem ter uma idade menor para essa vivência. Também não precisa se mortificar se não encontrou ou permaneceu em um relacionamento a qualquer custo. Quanto ao quesito profissional, do seu desenvolvimento e empoderamento como descrevi muito no livro “Como mulheres poderosas se tornam mulheres conquistadoras”, ela está aprovada quando consegue integrar plenamente a sua confirmação com as áreas importantes para ela. Cada uma toma posse dos seus atributos, dons e habilidades, constelando em si mesma o “Ser Mulher”. Solteira ou casada resolve as suas pendências para se estabelecer de acordo com o seu Propósito de vida.

O homem tem o seu tempo para escolher o melhor momento de deixar de ser solteiro, se quiser. Está mais livre para mudar a carreira profissional ou preferir se aprimorar nela. Como sabe melhor avaliar quem escolhe para compor essa relação, muitas vezes tem uma série de experiências afetivas e se sente menos acusado, ou culpado, de ser o causador do sofrimento da mulher. É claro que estou falando de relacionamentos amorosos saudáveis sem nenhuma patologia ou perversidade com violência, eles rompem, se afastam e se respeitam mais. Não fazem compromissos só para não voltar atrás.

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