Revista Época – 07/11/2011 – Mauro Silveira
Chega de romantismo. Dicas para manter um casamento com amor e, principalmente, prosperidade
Conversar sobre projetos e dinheiro não mata o romance
Se quiser evitar esse tipo de zona proibida nas conversas em seu casamento, não é bom policiar os gastos do outro – um erro comum e gerador de conflitos, principalmente entre casais jovens, segundo o psiquiatra Luiz Cuschnir, chefe do grupo de estudos de gênero do Hospital das Clínicas de São Paulo. Um jeito mais produtivo de os dois se acostumarem com esse tipo de conversa é partir dos temas mais simples, como os gastos fixos da casa, para depois chegar aos mais complexos, como investimentos e projetos de longo prazo.
Um estudo feito pela Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, avaliou a qualidade dos relacionamentos, mas no aspecto financeiro, entrevistando 1.734 casais. Em vez de avaliar a situação dos casais, a pesquisa limitou-se a perguntar quão importante eles consideram o dinheiro. Quem respondeu que o dinheiro era muito importante também foi mal em uma série de indicadores de felicidade conjugal. Os pesquisadores concluíram que os casais “dinheiristas” têm pior relacionamento. Outra conclusão possível é que os casais que dão muita importância ao dinheiro são justamente os mais quebrados, e também os mais infelizes.
Tenha sonhos de curto, médio e longo prazo
Os projetos ambiciosos dão muita satisfação a quem chega lá, mas pode ser frustrante perseguir apenas objetivos distantes. “A vida financeira dos dois não pode se basear só no sacrifício do presente em nome do futuro”, afirma o psiquiatra Luiz Cuschnir. O casal tende a ser mais feliz se valorizar pequenas viagens e melhorias na casa, enquanto segue para os voos mais longos, como comprar a casa dos sonhos ou morar um período no exterior.