Alta Frequência

Na segunda hora do programa Alta Frequência da rádio Band News FM, o convidado foi o psicoterapeuta Luiz Cuschnir, confira abaixo sua entrevista:

“…Conta da sua decisão profissional quando resolve ser psicoterapeuta, fala do Masculismo e das questões pertinentes ao estudo dos gêneros, discrimina o entendimento do homem e da mulher não somente da perspectiva sexual mas em relação ao conceito de gênero. Elucida um pouco mais como são os seus estudos e prática profissional para se basear nos seus treze livros e avisa: Está saindo do forno o décimo quarto…”

  1. Queremos saber um pouquinho sobre você, sua carreira e seus livros.

 

Cuschnir por Cuschnir

Eu poderia ter sido engenheiro, arquiteto ou administrador de empresas, mas quando assisti o filme Freud, Além da Alma me fascinei com a Psiquiatria e decidi meu destino profissional. De repente, aos 17 anos, me vejo longe da família, cursando medicina na Faculdade de Ciências Médicas de Santos, mas ao invés de me dedicar apenas à psiquiatria, resolvi estudar todas as matérias médicas. Queria me preparar mais amplamente primeiro.

Nos meus primeiros anos como psicoterapeuta, atendi um número grande de adolescentes. Nas sessões

“Esses homens estão machucados pelas tentativas que fizeram de partilhar com a mulher as coisas do dia-a-dia. Muitas vezes, não tiveram a possibilidade de dividir igualmente ‘todas’ as responsabilidades pela subsistência da família desde o início do casamento. Naquele momento, a mulher estava insegura: precisava provar sua competência como dona de casa e não confiava em sua capacidade profissional.”

Estudo profundo do Masculismo – Tese de Mestrado

“Homens amordaçados. Mulheres ameaçadas. Os homens se encontram numa posição peculiar: todo-poderosos, decidindo tudo, mas, amordaçados num personagem da maior dramaticidade, não têm espaço interior nem exterior para relaxar.”

Estudo profundo do Masculismo – Tese de Mestrado

Entrevista concedida para a Agência Estado

A figura paterna na educação dos filhos nestes novos tempos

Fabíola Girardin: A participação mais ativa na educação dos filhos gera algum tipo de atrito com a mãe? As mulheres estariam se ressentindo ou aplaudindo o comportamento deste “novo pai”?

Luiz Cuschnir: É claro que toda mudança gera reaçôes em sentido contrário, de igual intensidade para equilibrar novamente o status quo, pelo menos na intensidade da proposta transformação. Pai com uma presença tão marcante como nos nossos dias, provoca diretamente uma mudança no papel da mãe. Ela era a dona da casa mas também

Artigo inédito – Luiz Cuschnir

Tenho recebido muitos depoimentos de pacientes de estão desenvolvendo temas de sua vida afetiva, profissional e social. Nos casos a que estou me referindo, são homens, da faixa dos 20 e poucos anos até mais de 50. Isto quer dizer que estão discutindo comigo seus caminhos, principalmente em seus relacionamentos amorosos, interferindo ou não em como estão com seu ritmo ou qualidade de vida.

Vocês podem imaginar o que está acontecendo com eles todos, desde que mesmo através do Masculismo como uma elucidação ao entendimento da transformação da vida masculina hoje em dia, perante ao

Entrevista concedida a Fernando Lara

Fernando Lara: Existe um “novo homem”? O que o Sr. quer dizer quando apresenta o termo “masculismo”?

Luiz Cuschnir: Sim ,existe um novo homem. Após a revolução feminista, que trouxe muitas mudanças em relação ao papel da mulher, o do homem teve que se adaptar e se transformar para dar conta das novas exigências que estavam surgindo. Surge um novo homem preocupado e participante na educação dos filhos, vaidoso, que cuida de sua saúde, que expõe mais os seus sentimentos, e que está aberto para se relacionar com mulheres mais ativas e exigentes, inclusive sexualmente.

“O equilíbrio de forças no emprego obrigou os pais a participar mais ativamente das tarefas domésticas. Os homens hoje estão mais envolvidos com a família, trocam mais carinhos com os filhos, com a mulher, querem exercer seu papel de modo integral. E o homem gostou desse papel. Podemos dizer que o ‘masculismo’ – a atitude do homem moderno, sensível, aberto ao afeto – venceu o machismo. E a sociedade valoriza mais esse homem do que antes.”

Revista ÉPOCA – Novembro de 2010

Entrevista concedida a Revista Gloss – dezembro/2009

1) Existe uma reclamação, um senso comum entre as mulheres, de que elas acabam tomando a dianteira em várias questões práticas da vida porque os homens são (ou estão) muito devagar. Você acredita que esse é um estereótipo do homem de hoje? E porque, em sua opinião, as mulheres estão vendo os homens desta forma?

Luiz Cuschnir: As mulheres se apresentam bem mais práticas que os homens quanto à diversidade concomitante de papéis que devem ser exercer. Assim são mais rápidas e os homens, como são mais reflexivos, tendem a demorar mais para

“O masculismo procura enxergar o homem como um todo, para redefini-lo. Para chegarmos a novos papéis nos quais nos sintamos confortáveis, é preciso um aprendizado. O homem tem uma vida emocional tão rica quanto a mulher, mas é mais restritivo na comunicação dos sentimentos. Isso se deve ao aprendizado por que passou na sociedade e na cultura e à própria reação das mulheres. Hoje são as mulheres que mostram grande dificuldade em ouvir o que o homem tem para dizer, inclusive porque o homem demanda uma abordagem específica de seus sentimentos, pois não trabalha com eles da mesma forma que