Programa Inês de Castro – Bandnews – 07/2011

Inês de Castro: Almas gêmeas (que “milagre” é esse que acontece no encontro? É sorte encontrar uma dessas? É casualidade ou é disposição? Como se identifica o par ideal? Como abandonar a crença de que, se não for um par perfeito não vale à pena? O que é melhor, relações simétricas ou assimétricas? Para quê ter uma relação se sozinho tem mais liberdade? O quê se ganha com um relacionamento estável?

Luiz Cuschnir: Não dá para se dizer que a alma gêmea dura para sempre, se gêmea quiser dizer “ideal”. A melhor

Concedida ao Diário da Região – São José do Rio Preto – SP

Ciça Bueno: Existem almas gêmeas?

Luiz Cuschnir: Existem sim, mas vamos refletir um pouco sobre esta velha crença?

Ciça Bueno: Primeiramente, de onde vem este conceito tão popular há tantos séculos?

Luiz Cuschnir: Na Grécia Antiga, relata Platão em sua obra “O Banquete” – dedicada inteiramente à apologia do amor -, que Aristófanes, um dos convidados para a ceia, relata que a natureza humana original era composta de três tipos diferentes de seres: os homens, as mulheres e um terceiro gênero, o andrógino, composto de metade masculina