Conversando com Dr. Luiz Cuschnir – Glorinha Cohen
PERGUNTA Dr. Luiz, em tempos onde é comum encontrarmos relacionamentos instáveis e sexo sem compromisso, qual a importância do afeto e da cumplicidade de um namoro estável? Tenho 38 anos e me considero um homem bem sucedido. Até gostaria de ter uma relação estável, mas tenho tantos compromissos profissionais que meus namoros terminam mais cedo ou mais tarde. É comum termos brigas, implicâncias e perco a paciência com elas.
RESPOSTA A manutenção de um relacionamento em longo prazo e a possibilidade de dedicação a uma só pessoa cria um vínculo afetivo mais profundo. A dependência criada entre os dois dá a sensação de companhia e um seguimento de uma vida em comum que indica um específico plano de vida juntos ou complementares. É uma vivência que integra a vida de dois em um sentido comum com um projeto de vida.
Se a prioridade sempre está fora do namoro, ele se enfraquece e provoca o distanciamento dos dois. Essa situação impede que os dois saibam mais do que o outro está vivendo, tenham dados atualizados dos planos e relacionamentos que estão ocorrendo, enfim saibam o que está acontecendo com o outro. Assim há mais chances de seguirem vidas tão isoladas que o relacionamento pode perder o sentido de manterem-se ligados afetivamente.