Conversando com Dr. Luiz Cuschnir – Glorinha Cohen
PERGUNTA Dr. Luiz, como saber se uma pessoa é a pessoa certa? Como ter garantias que estamos fazendo a melhor escolha? Existe escolha certa ou errada?
RESPOSTA Já foram feitas inúmeras pesquisas, até mesmo com insetos, para se chegar a conclusões mais exatas sobre o que nos faz escolher aquela exata pessoa no meio de tantas e chegou-se ao resultado de que estas escolhas dependem de inúmeros fatores, tanto internos quanto externos. Aquela história do ferohormônio, por exemplo. O fator sexual é dito por muita gente como determinante. Será mesmo? É provável que nas primeiras vezes seja excitante transar com uma pessoa muito bonita, ou charmosa, mas se não tiver aquele “algo a mais”, ou a “química” como chamamos popularmente, estes encontros amorosos não passarão da superficialidade. Para que haja um aprofundamento nestas relações, onde seja possível a expressão dos desejos mais íntimos e prazerosos, é necessário que exista segurança e entrega por parte das pessoas envolvidas. Isto se constrói com muita sinceridade em relação aos seus sentimentos e respeito com o próximo, deixando-o à vontade para que com o tempo consiga se sentir seguro (a) para se expressar livremente.
Muito convívio dará chance para eventos, que farão parte desta história, indiquem se estão no rumo certo ou não. Como o casal lida um com o outro, também se reflete na vida íntima e nos projetos que têm. Por isso, a entrega, o amor, o carinho e as brincadeiras devem estar presentes em outros momentos da vida a dois, para que se consiga estes mesmos elementos constituirem a expressão dos sentimentos que um tem pelo outro. Nem sempre as grandes paixões de agora indicam relacionamentos que terão a estabilidade para enfrentar os tempos futuros. A intensidade não garante permanência assim como a comodidade não se sustenta por muito tempo. Relacionamentos vivos, onde há criatividade e descoberta, alimentam os futuros momentos difíceis que passarão juntos um dia.