Entrevista concedida a Angelo Medina
Anos se passaram para que houvesse um amadurecimento social que comportasse todas as contribuições que uma mulher livre e independente possa dar ao mundo. Atitudes agressivas, imposições pela força, silêncio e exclusão social, foram as armas usadas para silenciar o mundo misterioso dos afetos, da receptividade, do entendimento e aceitação. Ou seja: características do feminino.
Deste jeito muitos homens mantiveram-se no poder, dominaram durante milênios o destino de nações inteiras, e no final de seus reinados absolutos, ficaram as marcas das destruições e guerras cultivadas em um mundo racional e enrijecido.
Com a intuição e percepção aguçadas, algumas mulheres, exemplos de coragem para ambos os gêneros, resolveram tomar uma atitude. Movidas por uma força natural, quase que incontrolável, partiram em busca de seus direitos e liberdade de expressão, tentando equilibrar uma sociedade desarmônica. Não derrubaram nenhuma gota de sangue, provaram que existem outros meios. Sofreram como nunca. Algumas foram até queimadas vivas por exigirem salários iguais aos dos homens. Não desistiram, se fortaleceram, e hoje estão começando a colher alguns frutos desta revolução sem precedentes na história moderna. O feminismo ocupou o espaço merecido.
A visão do mundo está mudando, os relacionamento estão mudando, o tempo, o espaço, a velocidade… tudo parece diferente, mais colorido, mais vivo. São as mulheres grifando e chancelando a sua importância na sociedade.
Intuição e sentimentos começam a compor uma nova paisagem para o futuro. Vozes de freqüência mais aguda e tranqüila já podem ser ouvidas no horizonte, o equilíbrio começa a ser restaurado. São presságios que trazem esperança de um mundo cada vez melhor. Quem sabe… menos beligerante e com mais amorosidade.