Jacob Levy Moreno Pai do Psicodrama


Jacob Levy Moreno, romeno de nascimento e ascendência sefaradita, pediu que seu epitáfio fosse Aqui jaz o homem que trouxe alegria à Psiquiatria. Nada mais justo para aquele que baseou seus estudos nas relações interpessoais, colocando o homem como indivíduo social, a menor unidade social um vínculo, mantendo a firme convicção de que a espontaneidade e criatividade são forças propulsoras do progresso humano. Era avesso às conservas culturais propondo o desenvolvimento máximo do potencial de papéis e da capacidade télica (compreensão e inversão das pessoas que partilhamos), indispensáveis na vida de um grupo.

Ao criar o Teatro do Improviso em Viena, onde atores não tinham texto fixo ou decorado e desenvolviam suas falas na hora, interagindo com a platéia, abriu portas para um processo terapêutico que daria base para a Psicoterapia de Grupo, o Psicodrama (ação no psiquismo) e o Sociodrama (ação social). O seu foco era o interpsíquico, diferentemente da Psicanálise vingente que era o intrapsíquico. Ele acreditava que o homem é o grande protagonista de sua vida, que o prazer de viver vinha justamente quando nos reconhecemos como agentes do nosso próprio destino. Ao “representar” sintomas de desajuste social, acabamos por resolvê-los (ao invés de reprimi-los) e ainda, ao atuar dramaticamente as diversas facetas que exercemos na vida, desenvolvemos um papel mais espontâneo e criativo, ao invés de repetir o que já está existe.

O Dr. Luiz Cuschnir teve a oportunidade de estudar e conviver com o próprio J.L. Moreno e com sua esposa Zerka, no Moreno Institute em Beacon, nos Estado de Nova York. Além de se tornar o único psicoterapeuta brasileiro a se formar no Instituto, virou também um grande amigo da família Moreno. Aqui você encontra imagens e lembranças desta inesquecível e rica experiência.